Mark Blaug
MB - Mais empirismo, mais história, sujar mais o nariz nos dados, informar os pares, pedir opiniões, monitorar o comportamento - sim, tudo isso.
P - Em todo o caso, nos EUA parece haver algum movimento no sentido de uma maior experimentação. Reparou nisso?
MB - Penso que o movimento na direcção da Economia experimental é muito útil. O que é surpreendente é a enorme resistência que encontra.
P - Pode exemplificar?
MB - Uma conversa com qualquer um dos economistas experimentais que se estão a destacar. Eles falar-lhe-ão da enorme resistência que o seu trabalho enfrenta. É muito duro desenvolver a Economia experimental porque se está a chocar com esta cristalização na modelização formal. Houve algum progresso nos anos recentes, mas espanto-me com a dificuldade em interessar os economistas nisso e em quão pequena é a participação disto na Economia dominante tal como é ensinada nas universidades.
P - Será que aprendemos algo de fundamental no último quarto de século de Economia?
MB - Certamente que sim. Particularmente na macroeconomia, no modo de lidar com a inflação, com o desemprego. Penso que aprendemos muito, especialmente sobre a condução da actividade económica num sentido macro. Certamente que aprendemos muito com o movimento da desregulamentação e privatização. Embora haja ainda muito a aprender, quando comparo o que sabemos agora acerca destas coisas com os dias em que era estudante nos anos 50, penso que demos vigorosos passos em frente. Mas em certo sentido também andámos para trás.
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