quinta-feira, junho 21, 2007

Desigualdades

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«As desigualdades de rendimentos têm vindo a crescer nos países ricos, diz a OCDE. De 1995 até 2005, o acréscimo dos rendimentos dos 10% mais bem pagos ultrapassou o dos 10% pior remunerados. A desigualdade é maior nas economias algo-saxónicas, empreendedoras. A Húngria e a Polónia são casos excepcionais, onde grandes aumentos se seguiram à liberalização depois do colapso do comunismo. Os países nórdicos, com os seus grandes estados-providência e elevadas cargas fiscais, apresentam maior igualdade. As desigualdades são frequentemente atribuídas à globalização, que, segundo alguns, ajudou a deprimir os rendimentos dos menos qualificados. Contudo, os escalões de topo também têm estado a ganhar terreno face aos escalões médios. Isto sugere que os avanços nas tecnologias da informação, que recompensa os altamente qualificados e elimina muitos empregos administrativos de nível médio, pode ser um suspeito mais plausível. A OCDE disse esta semana que o comércio apenas contribuiu modestamente para o agravamento das desigualdades.»

A widening gap - "Economist.com"

  • Helena Garrido também comenta estes dados no "Notas de Economia", aqui e aqui.
  • E quem é que explica as diminuições das desigualdades na Irlanda e na Espanha?
  • resumo do relatório da OCDE em Português, aqui.
  • 1 comentário:

    Anónimo disse...

    "As desigualdades de rendimentos têm vindo a crescer nos países ricos, diz a OCDE". Uma questão me ocorre: Rendimentos em geral ou do trabalho? É que as grandes desigualdades, que se têm agravado, penso, não são entre os detentores de rendimentos do trabalho (qualificados vs desqualificados) embora estas também não sejam desprezáveis. Até me parece que o efeito "sablier" (na gíria francesa) atinge em especial as "classes médias" onde pertenceriam os detentores das mais valorizadas qualificações. Estarei errado?