quinta-feira, setembro 08, 2005

Implosão das torres de Troia

&#169 Pura Economia
Explosões e colapso dos edifícios

&#169 Pura Economia
Começa a espalhar-se a núvem de poeira

&#169 Pura Economia
A núvem de poeira alarga-se e dirige-se para Setúbal
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É curioso - e talvez também significativo - que por volta dos anos 20 do século passado, nenhum município queria ficar com a península de Tróia. Era uma dor de cabeça, uma língua de areia que não rendia nada, onde ninguém ia e cujas instáveis dunas era preciso manter com plantas rastejantes e pinhais. Depois de um ridículo jogo-de-empurra, acabou por ficar para Grândola - vá-se lá saber porquê.

Actualmente, o município de Grândola faz o papel de idiota útil, fingindo-se dono de um território que não domina - tal como o menino Sócrates fingiu accionar o detonador, acabando denunciado pelo mau play-back. Quanto a Setúbal, desempenha o papel de pateta alegre, sonhando que o resort de 5 estrelas vai levar turistas para as suas sombrias ruas. Hoje, Setúbal levou mas foi com a forte nuvem de poeiras da implosão em cima: uma bela metáfora do que está para vir. Os habitantes, por seu lado, viram o espectáculo através de 8 mil binóculos de plástico oferecidos pela Sonae. De facto é isso que lhes resta: ver Tróia por um canudo.

1 comentário:

Joao Augusto Aldeia disse...

O que eu escrevi foi "sombrias ruas", e não me referia à qualidade da luz. O que quiz dizer é que não têm muito para atrair turistas de um resort de 5 estrelas. Experimente colocar-se na pele de um turista, percorra essas ruas à procura de atractivos, e verá. Potencialidades, tem muitas, realidades, tem poucas.