sábado, março 05, 2005
Janela na Web
O Janela na Web - Portal de Management é das melhores coisas que existe online em Portugal sobre gestão, se não for a melhor.
Editado por Jorge Nascimento Rodrigues, inclui temas de actualidade, em geral complementados com entrevistas aos protagonistas; por exemplo: você já ouviu falar (de) Ira Matathia (e do "prosumer"), Jorma Ollila, Martin Escobari, Seán Meehan, Uday Karmarkar, Yves Doz (e da metanacionalização) ?
Entre os hiper-textos recentes destacam-se um sobre o vestuário com nano-células de energia solar, os "Laboratórios da Mente", o fenómeno bloguista e um olhar sobre as novidades TIC para 2005. E também sobre o Skype, com entrevista a um dos criadores: Niklas Zennstrom.
Bons temas, bom tempo e bom gosto.
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2 comentários:
Embora concorde com a apreciação geral positiva em relação ao site em questão, sou bastante menos admirativo sobre os comentários e análises de J. Nascimento Rodrigues.
Um exemplo particularmente ilustrativo: o comentário intitulado "Pequenos surpreendem" em que se afirma "Portugal, Islândia e Chipre lideram dinâmica de inovação na Europa".
Ora uma leitura atenta do relatório citado pelo autor, demonstra que esta conclusão mais do que abusiva é profundamente mistificadora. Na realidade a suposta excelência do desempenho de Portugal deve-se não à qualidade dos indicadores em termos absolutos mas ao que os autores do relatório designam como "trend performance". Entre os indicadores que apresentam sinais de maior progress estão o aumento de despesa (não pública) em I&D, o numero de patentes e accessoriamente o aumento do numero de trabalhadores com formação universitária. Todavia uma análise atenta destes mesmos indicadores mostra que: Portugal se situa nos últimos lugares do investimento não publico em I&D (0,32% - média EU15 1.3, EU25 1,27%). O mesmo se pode dizer do número de patentes. Quanto à percentagem da polulação superior com 11% estamos abaixo de todos os países da EU25 (apenas superamos a Bulgária e a Turquia).
Aspecto ainda não dispiciendo para o cálculo das tendencia é o facto de os dados se referirem nalguns casos a informação anterior a 2002.
O autor do artigo refere ainda o desempenho particularmente positivo no que é designado como "inovação não tecnológica". Ora acontece que esta avaliação é em grande medida baseada em "surveys" e raramente objecto de cruzamento com outros dados que permitam avaliar a objectividade das respostas aos surveys.
Em conclusão: não nos deixemos iludir pelas aparências.
Carlos José
O artigo é apenas um numa série e não aborda todos os aspectos do relatório. Na primeira página do portal www.janelanaweb.com, sob a rubrica "Para onde vai Portugal", podem ser consultados diversos outros que abordam os pontos focados por José Carlos. Particularmente ilustrativos sobre a não mistificação ou abuso sobre a situação do nosso país.
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