sábado, março 05, 2005

Independentes: 2ª oportunidade


O novo governo terá 8 militantes do PS e 8 independentes. Isto é bom ou mau?

Bem, o primeiro governo Guterres também tinha uma catrefa de independentes (lembram-se ? Maria João Rodrigues, Augusto Mateus...). A coisa não correu bem: ou por insuficiência dos próprios, ou por bloqueamento da máquina partidária, foram varridos e substituídos por pagantes de quotas.

É evidente que não é por se ser filiado ou não que se definem e aplicam melhores ou piores políticas. No entanto existe a hipótese de que, ao não agradarem (ou, se quizerem, ao "não serem sensíveis") aos grupos de pressão que se expressam através da máquina partidária, os ministros independentes sofrem um duplo desgaste: as críticas da oposição e dos próprios militantes, perdendo o gás a uma velocidade ainda maior.

Os governos lembram muito aquelas corridas de máquinas malucas que se fazem nos EUA, com motores potentíssimos mas que arrastam um peso brutal atrás: arrancam como foguetões mas depois o reboque vai-se enterrando na areia e acabam por se imobilizar.

Enfim: esta é a segunda oportunidade dos independentes. Faço votos. Talvez que com o Vitorino a dirigir as Novas Fronteiras - uma novidade relativamente a tudo o que já se passou em Portugal, pois o Guterres eleito desligou dos Estados Gerais - os independentes ganhem um acréscimo de potência locomotora.

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