terça-feira, janeiro 25, 2005

Bolonha


João Vasconcelos e Costa, no Público de hoje escreve o artigo Bolonha em Portugal - a Grande Confusão , com reflexões muito valiosas sobre o processo de Bolonha, na sequência de uma série de artigos sobre o mesmo assunto que se podem encontrar online aqui, e que o autor tem também comentado no seu blogue Professorices.

Particularmente interessante é a análise dos relatórios oriundos das diversas áreas do ensino, salientando JVC que nem todos parecem ter compreendido (ou incorporado nas suas propostas) os reais objectivos do paradigma de Bolonha («tipologia diferente de educação académica e vocacional; formação académica de banda larga; ênfase na aquisição de competências; primado da aprendizagem sobre o ensino tradicional; etc.»). Eis o quadro comparativo das propostas, incluído no artigo:



ÁreasEsquemaNomes
Arquitectura5+(1-2)?
Artes dos spectáculos3+1+1?
Artes plásticas4+1?
Ciências humanas3+1+1B-L-M
Ciências políticas e internacionais3+2B-M
Ciências agrárias3+2B-M
Ciências exactas (e naturais?)3+1+1B-L-M
Ciências farmacêuticas6+??
Ciências sociais3+2B-M
Comunicação3+1+1B-?-M
Contabilidade3+1+1?-?-M
Desporto4+1L-M
Direito5+2L-M
Economia e gestão3+2L-M
Enfermagem4+2L-M
Engenharias3+2?-M
Formação de professores3+2?
Medicina0+6?
Medicina dentária0+5 M
Psicologia e C. educação3+0,75+1,25 B-?-M
Tecnologias da saúde4+1?
Turismo3+2?
Veterinária(5-6)+ (1-1,5)?
Notas:
a) Bolonha permite o esquema 0+5 (0+6 em Medicina), sem saída intermédia de 1º grau, e a que deve corresponder o grau de mestre. Mas somar-se-lhes formações adicionais pré-doutorais é contra as regras do processo.
b) As designações dos graus não são irrelevantes, principalmente em relação ao mercado de trabalho. Devia-se exigir a todas as comissões que fizessem propostas sobre isto.
[B=bacharelato; L=licenciatura; M=mestrado]


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