quarta-feira, julho 14, 2010
Subtilezas
Vera Jardim, provedor da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, numa primeira reacção à falência da empresa Marsans, não teve papas na língua: tratava-se, sem qualquer dúvida, de um caso de polícia. Claro: empresa espanhola, falida...
Posteriormente foi noticiado que a caução dada pela empresa não apresentava o valor mínimo, matéria que apontava responsabilidades para uma agência governamental: o Turismo de Portugal; veja-se a subtileza da reacção do sr. provedor a este desenvolvimento: «O Turismo de Portugal, que recebeu essa informação, devia ter revisto essa situação. Há que actuar com mais precaução nesta matéria»...
E porque não enviar também a polícia ao Turismo de Portugal? Note-se: a empresa fez uma caução de apenas 25 mil euros, quando devia ter pago 250 mil euros, o equivalente à venda de pacotes turísticos de 10 milhões de euros. Não haverá responsabilidade do Estado por ter deixado que a empresa continuasse a fazer negócio sem cumprimento das exigências legais?
Dando cumprimento a esta subtil arte de alijar responsabilidades, o Turismo de Portugal "explica" no seu site porque é que, na sua opinião, a caução minuscula feita pela Marsans está legal: «A caução da Marsans Lusitânia encontra-se válida e tem um montante de 25.000 euros, uma vez que a Marsans, no período relevante para o cálculo da caução, de acordo com informação do TOC da empresa, não vendeu viagens organizadas efectuadas pela agência, mas terá vendido apenas viagens organizadas por outras agências ou operadores.»
Então e onde estão as cauções dessas outras agências?
Posteriormente foi noticiado que a caução dada pela empresa não apresentava o valor mínimo, matéria que apontava responsabilidades para uma agência governamental: o Turismo de Portugal; veja-se a subtileza da reacção do sr. provedor a este desenvolvimento: «O Turismo de Portugal, que recebeu essa informação, devia ter revisto essa situação. Há que actuar com mais precaução nesta matéria»...
E porque não enviar também a polícia ao Turismo de Portugal? Note-se: a empresa fez uma caução de apenas 25 mil euros, quando devia ter pago 250 mil euros, o equivalente à venda de pacotes turísticos de 10 milhões de euros. Não haverá responsabilidade do Estado por ter deixado que a empresa continuasse a fazer negócio sem cumprimento das exigências legais?
Dando cumprimento a esta subtil arte de alijar responsabilidades, o Turismo de Portugal "explica" no seu site porque é que, na sua opinião, a caução minuscula feita pela Marsans está legal: «A caução da Marsans Lusitânia encontra-se válida e tem um montante de 25.000 euros, uma vez que a Marsans, no período relevante para o cálculo da caução, de acordo com informação do TOC da empresa, não vendeu viagens organizadas efectuadas pela agência, mas terá vendido apenas viagens organizadas por outras agências ou operadores.»
Então e onde estão as cauções dessas outras agências?
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