domingo, junho 21, 2009

Quem paga a crise?

Os mais pobres, obviamente. Não os miseráveis, que não têm rendimento para tal, mas os trabalhadores por contra de outrém (através dos impostos que servem para salvar do colapso as grandes empresas), os que caiem num desemprego que se poderá prolongar até ao fim da vida, as pequenas e médias empresas que se evaporam, perdendo património e activos que alguém já embolsou. Está tudo a correr conforme o costume e conforme previsto. O capitalismo e a economia de mercado, afinal, dá-se maravilhosamente com as políticas de origem (remota) na esquerda, o Estado Previdência: porque funcionam como estabilizadores automáticos (o que já se sabia há muito tempo) e (novidade) porque, afinal, o Estado Providência também pode ser usado para impedir que os imensamente ricos percam os seus privilégios. Tudo isto concretizado, não por façanhudos e barrigudos capitalistas, mas por elegantes heróis de esquerda, tais como Sócrates e Obama (o deles é mais bonito, mas o nosso também pratica desporto.)

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