A 77ª Feira do Livro de Lisboa averbou significativos aumentos de vendas em relação ao ano anterior. Há quem fale em acréscimos de 20%, com picos de 40% (
Público -
página da Feira). Como este ano a Câmara quase não interferiu na coisa, os inimigos da intervenção estatal podem aproveitar para tirar as devidas ilações [*].
Mas há outros factores a ter em conta:
a Feira do Porto também cresceu (não é o Rui Rio que está a cortar nos subsídios?)
houve menos 20% de pavilhões
"o regresso do certame à zona sul do Parque Eduardo VII, junto ao Marquês, com bons acessos de transportes e melhor visibilidade pública"
"o facto de não terem decorrido outros grandes eventos culturais ou desportivos em paralelo"
"a adaptação [no Porto] do regulamento à lei do preço fixo, que permitiu que os editores pudessem vender livros com mais de 18 meses a qualquer preço"
os candidatos autárquicos foram lá em campanha
houve uma ruptura na conduta de água que inundou o piso durante horas
O 7 é um número sortudo (ainda para mais em capicua!)
os últimos anos foram de descida constante (what goes up must come down: Spinning Wheel/Blood, Sweat & Tears)
Ou estará a Feira do Livro a antecipar o fim da crise?
[*] J. Pacheco Pereira: "(...) aparente paradoxo de ter vendido mais livros sem os enormes programas de parafernália cultural, colóquios, debates, etc, que a pretendiam reanimar e que pelos vistos não tem um papel por aí além. A crença na animação cultural como solução para “criar novos públicos” parece afinal só animar os animadores, o que se compreende muito bem."
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