«Durante décadas os negócios floresceram. Ao longo dos anos operadores rivais foram descobrindo maneiras de aumentar a produção, concebendo imaginativas redes de abastecimento que chegam a toda a parte, expandindo o mercado de tal forma que abastecem os consumidores leais em praticamente todos os países. As estimativas são difíceis de confirmar, em boa medida porque as empresas são relutantes em abrir as suas contas ao escrutínio público, mas julga-se que o sector terá tido vendas anuais da ordem dos 320 mil milhões de dólares em 2005 (livres de impostos). E embora alguns dos mais conhecidos canais de comercialização (os cartéis de cocaína de Medellin e Cali, por exemplo) tenham sido obrigados a fechar a loja, essencialmente devido a uma estrita regulação estatal, o sector no seu conjunto continua de saúde.
«Mas estarão esses dias felizes a chegar ao fim? Um relatório da ONU divulgado em 26 de Junho último sugere que as perspectivas de expansão de parte do sector são escassas. Embora se calcule que 5% dos adultos tenham consumido drogas ilícitas de qualquer tipo no ano passado, o uso de produtos mais suaves como o haxixe (canabis) e as anfetaminas aparentemente atingiu o seu máximo. Nos EUA, por exemplo, o uso de haxixe atingiu o ponto alto em 1979, quando mais de 16% da população o consumia. Em 2005 o consumo tinha caído para 10,4%.»
(...)
The Economist - "Is the narcotics industry in trouble?"
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