sexta-feira, outubro 07, 2005

Vinho novo


Enquanto nos entretemos a dizer mal e a despromover o nosso próprio país, outros não se importam de o qualificar. Segundo Eric Asimov, crítico do New York Times, «Portugal vai ser "a próxima grande onda" no mercado internacional de vinhos.» Asimov classifica os vinhos portugueses como "honestos, distintos e de uma enorme qualidade". (Diário de Notícias)
«Durante muitos anos, quando se falava de vinhos portugueses, pensava-se em Mateus e Lancer's, rosês baratos conhecidos por provocar monumentais ressacas, que constituíam um rito de passagem para um certo grupo etário, equivalente a comprar aquele primeiro disco de Jimi Hendrix ou assegurar que se tinha estado em Woodstock. Durante a maior parte do século XX os portugueses limitaram-se a fazer e a beber vinhos que não se destacavam. Poucos deles eram exportados, o que podemos agradecer, já que não eram lá grande coisa.

«Mas depois de Portugal ter entrado na União Europeia, em 1986, aquele sector reinventou-se a si próprio, substituindo equipamento desactualizado, modernizando os métodos vinícolas e melhorando as técnicas vitícolas. Hoje, Portugal é uma fonte de vinhos distintos, que podem constituir excelentes valores, e alguns dos melhores tintos portugueses vêm do Porto, a zona mais conhecida como a casa do vinho do Porto.»

| Eric Asimov | artigo |

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