No Becker-Posner Blog, curiosa discussão acerca das universidades de elite e das carreiras profissionais de mulheres, a propósito do artigo do New York Times "Many Women at Elite Colleges Set Career Path to Motherhood". Diz Posner: |
«Embora não seja rigorosamente empírico [ou empiricamente rigoroso ?], o artigo confirma que é muito maior a percentagem de estudantes do sexo feminino que abandona o trabalho para tomar conta dos filhos, do que de estudantes do sexo masculino. Algumas retomam o trabalho depois de os filhos crescerem; outras trabalharão apenas em part-time, e outras nunca mais trabalharão, passando a dedicar o seu tempo à familia e a actividades cívicas. Um inquérito aos antigos alunos de Yale revelou que 90 % dos homens no escalão dos 40 anos ainda trabalhavam, percentagem que descia para 56 % nas mulheres. Um inquérito aos antigos alunos da Harvard Business School revelou que 31 % das mulheres que ali se tinham formado entre há 10 e 12 anos atrás, já não trabalhavam, enquanto que outros 31 % o fazia apenas em part-time.»
Gary Becker contrapõe: |
«Até aos anos 1960, era mais provável que a opção por trabalhar fosse maior nas mulheres com menores qualificações do que nas altamente qualificadas. Esta tendência alterou-se abruptamente durante as décadas passadas, de tal forma que agora a propensão para trabalhar e o nível de educação estão directamente relacionados nas mulheres (tal como nos homens). Isto deve-se em parte ao facto das mulheres altamente qualificadas terem menor tendência para casar (...) O artigo do Times transmite a ideia de que esta tendência educação-trabalho se inverteu de novo em anos recentes; no entanto, embora a tendência se tenha atenuado, não existe evidência da sua inversão (segundo Casey Mulligan e Kevin Murphy, dois colegas que trabalharam extensivamente nas taxas de participação das mulheres na força de trabalho.»
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