quinta-feira, agosto 04, 2005

Video jogos


«A média de idades dos americanos utilizadores de jogos são os 30 anos. Muitos deles são "nativos" do território digital, tendo crescido rodeados pela tecnologia, diz Marc Prensky, da "games2train", uma empresa que promove o uso educacional dos video-jogos. Ele descreve as pessoas mais idosas como "emigrantes digitais" que, tal como os recém-chegados em qualquer parte do mundo, têm que se adaptar, de formas diversas, à sua nova vizinhança digital

«Chegar a uma terra estranha sem ter qualquer pista sobre a linguagem local, é duro. Os emigrantes digitais tiveram que aprender a utilizar tecnologias tais como a internet e os telefones portáteis. Mas poucos deles se dedicaram aos video-jogos. A própria palavra "jogo" gera confusão, pois evoca brincadeiras infantis. "O que eles não compreendem, porque nunca os experimentaram, é que estes jogos são complexos, necessitando de 30, 40 ou 100 horas para dominar", diz Prensky. Os video-jogos, na realidade, são jogados principalmente por adultos jovens. Apenas um terço dos utilizadores tem menos de 18 anos.» [ ver gráfico ]
[...]

«O uso dos video-jogos está tão espalhado que, se estivesse a contribuir para tornar as pessoas mais violentas, isso deveria ser visível. Em vez disso, na América os crimes violentos diminuiram claramente nos anos 90, exactamente quando o uso de video-jogos de computador estava a espalhar-se. Claro que também é possível que o número de crimes caísse ainda mais naquele período se não existissem video-jogos; no entanto, parece evidente que os video-jogos não estão a transformar a América num local mais violento do que já era.» [ ver gráfico ]

In "Chasing the dream", um artigo do "The Economist" sobre video jogos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ora aí está mais um bom exemplo do legado do Sr Friedman. A metodologia verificacionista dá origem a coisas destas e a outras como www.feakonomics.com

Já estou mesmo a ver um ilustre economista propôr ao eng. Sócrates para instalar uma rede de centros de videojogos na Cova da Moura como maneira de reduzir a criminalidade por aquelas zonas...

Até era consistente com o prometido "choque tecnológico"

Anónimo disse...

Peço desculpa pelo engano. O site é este, relativo a um livro de chorar a rir.

http://www.freakonomics.com/