sexta-feira, maio 13, 2005
Lisboa
Estou muito de acordo com a denúncia que Miguel Sousa Tavares tem feito do projecto de Aeroporto na Ota, cujos únicos interessados parecem ser apenas o lóbi da construção civil e os autarcas daquela região. Trata-se de uma monstrosidade em termos de investimento público e que se pode vir a revelar um elefante branco.
Além disso, existe uma alternativa: a ampliação do actual aeroporto e a utilização complementar do aeroporto do Montijo - com a vantagem de termos um aeroporto com ligações à margem norte e sul do Tejo.
Há uns palermas que, perante a racionalidade das contas, nos tentam assustar com a possibilidade de cair um avião na cidade. Dá vontade de rir: nesse caso, porque não se impedem pura e simplesmente os aviões de voar ?
A probabilidade disso acontecer é muito baixa - poucos acidentes ocorrem na fase de aterragem, a não ser em condições atmosféricas difíceis ou avaria nos aparelhos, casos em que devem ser desviados para outros aeroportos. Mas a essa probabilidade de acidente em Lisboa eu contraponho a beleza das aproximações sobre o rio e a cidade. Há lá coisa mais bonita ?
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3 comentários:
segundo a "Statistical Summary of Commercial Jet Airplane Accidents, Boeing" 17% dos acidentes são no take-off e initial climbing e 51% !! são na fase de final aproach e landing. Eles levantam e descem sobre Lisboa.
Espero que esteja melhor informado do que o Miguel Sousa Tavares sobre o assunto, porque ele, acerca de aeroportos, de facto sabe népias.
Os opinadores têm uma responsabilidade inalienável perante aqueles que os lêem.
Quanto às aterragens em Lisboa, creio que a maioria ocorre de facto sobre o centro de Lisboa, dado o regime de ventos dominante; é evidente que as descolagens também ocorrem "sobre Lisboa", mas no sentido sul-norte.
Quanto às estatísticas, agradeço a informação.
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