sexta-feira, abril 15, 2005

Falências douradas



O Tribunal de Contas descobriu que o gestor liquidatário da empresa Silopor auferiu (será que ainda aufere ?) mensalmente a quantia de 10.500 euros, mais do dobro do mais alto vencimento tabelado para um gestor público (Presidente do Conselho de Administração, que é de 4625 euros). (Diário de Notícias)

A Silopor é uma sociedade anónima de capitais públicos que resultou, em 1987, do destaque da EPAC (Empresa Pública de Abastecimento de Cereais) dos silos portuários públicos existentes nos portos de Lisboa e Leixões. O organograma da Comissão Liquidatária pode ser consultado aqui. É muita malta para liquidar uma empresa, portanto está garantido que ela irá mesmo ser liquidada...

Mas será que (estou agora a recordar a Teoria da Agência) os interesses do "principal-Estado" e do "agente-comissão-liquidatária" serão os mesmos ? Depois de liquidada a coisa, para onde irão estes liquidatários? Não serão as remunerações um incentivo ao prolongamento da agonia?

A decisão de liquidar a Silopor foi tomada em Reunião de Conselho de Ministros de 26 de Abril de 2001, já lá vão 4 anitos.

Um dia ainda se descobre que as empresas públicas dão mais prejuízo em falência do que vivinhas da costa...

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