Sérgio Hora Lopes, no Público de hoje, analisa o problema da escassez de água e da utilidade do sistema de preços para esse efeito. Admite que «a introdução de um preço da água que cubra a totalidade do seu custo económico, é imprescindível para introduzir racionalidade económica e ambiental nas opções dos agentes económicos» mas reconhece que «o preço não será seguramente o instrumento decisivo para ultrapassarmos a crise de escassez de água».
Para além dos factos referidos no texto, há ainda um elemento a dificultar o papel do sistema de preços na gestão da água: em muitos municípios a factura da água é utilizada para cobrar taxas e impostos, normalmente associados ao tratamento de lixos e esgotos, que "obscurecem" o real preço da água.
Interessante a informação sobre a repartição do uso e custos da água em Portugal, por sectores:
sector | uso | custo |
agricultura | 87 % | 28 % |
abastecimento urbano | 8 % | 46 % |
indústria | 5 % | 26 % |
[ "Água vai !" - expressão popular que acompanhava a ejecção de águas sujas e outros fluidos para as ruas, nos tempos em que não havia esgotos nas cidades; segundo as posturas da época, a expressão teria de ser repetida três vezes antes da ejecção; equivalente a "lá vai água". ]
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