A empresa têxtil Domingos Almeida, de Guimarães, fabrica tecidos aromáticos. Segundo Sofia Ferrão, directora de "marketing" da empresa, a inovação surgiu há cerca de dois anos, para fazer face às "previsíveis adversidades" que pudessem surgir com a abertura de novos mercados. A fábrica de Guimarães fez então uma parceria com a Universidade do Minho, da qual resultaram os tecidos aromáticos, oficialmente apresentados na Heimtextil, na cidade alemã de Frankfurt e que já estão a ser vendidos para os Estados Unidos.
Depois de pronto, o tecido é impregnado com o aroma desejado, por meio de microcápsulas. As experiências levadas a cabo pelos técnicos da Universidade do Minho - através da Micropólis, a empresa que desenvolve e comercializa as microcápsulas - garantem que os aromas permanecem pelo menos até 25 lavagens. "É preciso notar que um sofá, umas cortinas ou uma colcha não são produtos que se lavam diariamente", sublinha Sofia Ferrão.
O odor impregnado nos tecidos não se mantém permanentemente activo, dependendo do movimento e do manuseamento que for dado aos produtos. Por exemplo, um sofá forrado com um tecido aromático só liberta cheiro quando alguém se senta. Com as cortinas ou as colchas o processo é idêntico. O odor a alecrim ou a lavanda só é perceptível quando os tecidos são manuseados.
Emília Monteiro - Público
A empresa Micropolis, de Braga, é um "spin-off" da Universidade do Minho. Trata-se de uma empresa vocacionada para a investigação e desenvolvimento de produtos para aplicação industrial, em microcapsulamento. Um dos seus produtos são as microcápsulas aromáticas, para aplicação à indústria e vestuário e têxteis, calçado, curtumes, automóvel e construção civil, mas a empresa desenvolve outras linhas de investigação. Leia a informação do IAPMEI sobre a Micropolis.
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