«Diz o comissário [Joaquin Almunia] que os limites de 3% do PIB para o défice e de 60% para a dívida se vão manter, mas que o novo Pacto vai garantir "um melhor equilíbrio entre a necessidade de respeitar as regras e a de ajustar de forma mais racional, e não mecânica, as políticas orçamentais". Diz isto e diz também que acha possível alcançar um acordo em torno de um "tratamento especial" – que faz questão de sublinhar não ser sinónimo de exclusão do cálculo do défice (de que será então?) – para algumas categorias de despesa na área da inovação, da defesa ou dos transportes, como reclama Jacques Chirac. Diz tudo isto, depois de, na semana passada (logo após a Alemanha se ter convertido no segundo maior doador individual) ter admitido que a ajuda pública aos países do sudeste asiático varridos pela tragédia do maremoto poderá ser considerada uma «circunstância excepcional» – ou seja, servir de desculpa em caso de violação do limite de 3% do PIB para o défice.
Talvez seja apenas um mau pressentimento, mas é tremenda a probabilidade de virmos a ter saudades da clareza das regras do velho Pacto de Estabilidade – o tal que diziam ser "estúpido".»
Eva Gaspar in Jornal de Negócios
Será? Então depois do "fraco" Prodi ter tentado enfrentar os poderosos violadores do Pacto, o "super-Barroso" ia agora fazer esse jeitinho a alemães e franceses ? Zé Manel, não nos desiludas!...
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