O grande empregador

Notícia do Diário Económico: «Estado consome 65% do que produz - apenas menos de metade do trabalho desenvolvido pela Administração Pública se destina aos cidadãos e às empresas, o que significa que uma grande parte dos serviços prestados fica dentro do próprio Estado.»

Este, sim, é um dos grandes problemas da nossa economia - mas dificilmente fará parte da campanha eleitoral. Apenas Miguel Cadilhe fez uma proposta (ver abaixo "o abanão Cadilhe") para redução substancial desta fonte de ineficiência e desperdício da riqueza criada, mas como resposta obteve apenas a indiferença do país, blogosfera incluída.

Recordemos que a "reforma" da administração pública, lançada peo governo de Durão Barroso, tinha como eixo principal a melhoria do desempenho dos funcionários. Mas colocar os funcionários públicos a desempenhar "melhor" funções inúteis não é grande progresso.

Este é o "Estado da desconfiança", um Estado inquisitorial, construído sobre a filosofia de que o cidadão é um bicho suspeito que tem de provar constantemente a sua inocência. As medidas legislativas tomadas para simplicar os procedimentos documentais não alteraram substancialmente esta natureza policial do nosso "grande empregador".