Diga: a crise começou em: | 1991 〈 2001 〈 2008 〈 |
Fonte: Apresentação de Vitor Constãncio sobre O Financiamento da Economia e as Empresas
Diga: a crise começou em: | 1991 〈 2001 〈 2008 〈 |
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4 comentários:
Caro amigo,
Ora aqui está uma reflexão interessante. A inversão de tendência da poupança é do início dos anos 90. E 91 coincide com o início do défice externo. Percebo a ideia que queira transmitir. Mas com livre circulação de capitais, não seria mais ou menos expectável que parte do investimento fosse financiado por poupança externa? Ademais, eu não sei se há alguma estimativa da taxa de poupança óptima para a economia portuguesa (e devia saber), mas 25% de taxa de poupança sugere-me talvez o problema que afectou as economias de leste com sobreacumulação de capital. Os efeitos são visíveis na fraca dinâmica da procura interna.
Para mim o maior problema está implícito nessa trajectória da poupança: a incorporação dos efeitos de driação do Euro e concomitante descida da taxa de juro. Essa foi a grande promessa da moeda única vendida aos portuguesas. Posteriormente apareceu-lhes um BCE averso a inflação (perdoe-me se achar spam e elimine a mensagemn por favor) a evidência de deflação já é muito clara como argumento aqui:http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/03/deflacao-do-mau-desenho-estrutural-as.html (é o 4º mas não último post da sequência em que ando a medir o pulso às fraquezas da UEM).
Não sei se concorda, mas fiquei curioso de saber a sua análise.
Abraço,
Carlos Santos
Agradeço o seu comentário.
Este post foi um uma brincadeira sobre o conceito de "crise". O que é uma crise, quando começa ou acaba, é uma construção mental que exige uma certa dose de consenso na comunidade. Há de facto uma linha de pensamento que diz que estamos em crise desde o início do século (chamam-lhe agora mini-crise) motivada pelas medidas governamentais de restrição para cumprir a meta do défice. Quanto à "grande crise financeira internacional", parece haver um consenso maior, apesar de ainda não nos ter atingido em pleno; esse consenso deve-se à aproximação dos actos eleitorais, servindo como dramatização das respectivas campanhas: dos oposicionistas, que terão temas para se apresentar como alternativa (o que, no caso da luta contra o défice, era difícil), e dos situacionistas, que se apresentarão como salvadores providenciais em diversos cenários. Mas isto é a ficção. E na realidade? Há mesmo crise?
Recorrendo a uma analogia: os físicos usam duas "leis" para explicar porque é que os aviões voam: uma recorre aos diferenciais de pressão nas asas devido ao "efeito de Bernoulli", outra recorre à 3ª lei Newtoniana (acção-reacção). E a Natureza, a que lei recorre para manter coisas tão pesadas no ar? Obviamente, a nenhuma! O que ocorre é uma complexa interacção entre moléculas, a Natureza não segue nenhum manual: as "leis" são abstracções mentais construídas pelo ser humano, meramente instrumentais.
Da mesma forma, as "crises" são construções sociais assentes em médias estatísticas extremamente simplificadas, das quais bem se pode dizer que não representam a realidade. Veja-se o caso do desemprego: a queda de um ser humano no desemprego pode representar uma grande tragédia pessoal; mas haverá algum indicador estatístico que "resuma" a soma das tragédias individuais de milhares ou milhões de indivíduos?
Reflectindo sobre o gráfico: o investimento, a poupança, o défice externo, ajudam a esclarecer quando começam e acabam as crises? Sim, se conseguirmos um consenso (artificial) sobre o que define o conceito. Mas na realidade, fora da esfera intelectual dos humanos, nada disso existe.
A crise obviamente arrancou a sério com a adesão à CEE/CE/UE e agravou-se com a entrada do Euro. (ver http://cabalas.blogspot.com/2009/02/o-descalabro-do-euro.html).
Claro que o conceito de crise é subjectivo e não tem muito sentido dizer se a crise começou no ano x ou no ano y.
O que tem sentido é dizer que a situação está má e tem tendência para piorar.
É o que está a acontecer. Nada indica que, mantendo os pressupostos actuais a situação do país melhore, antes pelo contrário.
96
é aí que o defice externo se começa a tornar cada vez pior. A leitura do Carlos Santos, atribuindo um aumento sustentado desse defice a partir de 91 não é razoavel.
A partir de 2005 a crise torna-se cada vez mais grave, o defice passa a ser superior à poupança, o que é uma situação insustentável.
Cam
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