A capacidade creditícia das pessoas, ao que parece, pode ser observada nos seus rostos
«A Ciência progride por tentativa e erro. Porém, enquanto os sucessos são amplamente apregoados, os erros são frequentemente encarados com embaraço pelas gerações subsequentes e relegados para os sótãos da memória, tal como os familiares loucos de uma novela vitoriana. Normalmente ficam esquecidos por lá, como fantasmas. A craniologia, a frenologia e a eugenia, que em tempos foram respeitáveis áreas de estudo e passaram depois a ser encaradas com sobressalto, reaparecem de tempos a tempos, mas poucas pessoas sãs lhes prestam atenção. Um desses fantasmas, contudo, reapareceu mais uma vez, e tenta a sua reabilitação. Durante anos, a fisiognomia — a ideia de que o rosto de uma pessoa reflecte o seu carácter — tem sido encarada com desprezo. Mas ressurgiu uma vez mais.Pergunta: será que a capacidade ilusionista dos banqueiros/bancários também se revela nos seus rostos?
«Certamente que as aparências contam. As mulheres, por exemplo, avaliam os homens pelos seus rostos. Os níveis de testosterona são reflectidos no rosto, e ser visto como uma companhia apenas para uma noite ou como um potencial marido, depende em parte do aspecto físico. Do mesmo modo, o rosto de um macho revela a agressividade subjacente do dono e até mesmo a sua perspicácia para o negócio. A beleza facial, em ambos os sexos, é também associada a rendimentos elevados. A investigação mais recente, contudo, vai direita ao aspecto moral. Jefferson Duarte, da Rice University (Houston), e os seus colegas sugerem que uma das características morais mais reveladoras, a capacidade creditícia [creditworthiness], também é revelada pelos rostos.»artigo — The Economist
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