quinta-feira, julho 05, 2007

Economia e Matemática

"The Origins of Mathematical Economics: Calculus and Price Theory" [pdf]

Paula Tubaro

A minha dissertação chama a atenção para o uso inicial de ferramentas matemáticas relativamente avançadas, tais como o cálculo diferencial, na Economia dos séculos XVIII e XIX. Debrucei-me especificamente sobre o papel do cálculo na configuração das representações de optimização do comportamento dos indivíduos, por parte dos economistas, bem como da sua compreensão das ligações entre a optimização individual e a formação dos preços de mercado. Lidei com questões como as amplas implicações do uso das assumpções de continuidade e diferenciabilidade, que sugerem que as mudanças económicas são suaves e não abruptas ou dramáticas; bem como as complexas ligações entre a Economia e a moderna Física, cujos desenvolvimentos iniciais estiveram proximamente relacionados com a criação do cálculo. Associei estes temas com a ajuda de alguns estudos de caso, examinando os trabalhos de D. Bernoulli (1738), A.A. Cournot (1838), J. Dupuit (1844, 1849), H.H. Gossen (1854), J.H. von Thünen (1850), e muitos outros conhecidos autores da Grã Bretanha, França e Alemanha.

6 comentários:

Anónimo disse...

Convido também a ler outros contextos: novas perplexidades.

Rui Fonseca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Fonseca disse...

Why is there so much mathematical formalism in economics?

...The level of mathematical formalism in economics may thus be too high for the same reason that people tend to raise their voices at cocktail parties. In a crowded space with high ambient levels, one must speak up simple to be heard. But when all speak in louder voices, the ambient noise level rises, making it necessary to speak steal more loudly"
.
in "The Economic Naturalism - In Search of Explanations For Everyday Enigmas", Robert H. Frank

Rui Fonseca disse...

Que lhe parece o que transcrevi anteriormente?

Joao Augusto Aldeia disse...

É uma boa metáfora, e coincide com o que Mark Blaug diz na sua entrevista. Porém, como qualquer metáfora, caracteriza o que ocorre mas não explica porque ocorre - porque é que começaram a falar alto.

Rui Fonseca disse...

Explica sim, e a explicação é, mais ou menos, esta:

Com a afluência de cada vez mais académicos ao estudo da economia a tendência vai no sentido da sofisticação dos instrumentos de análise utilizados.

Até ao excesso.

Se estiver interessado posso transcrever o texto do autor, que não é assim tão longo.

O livro que foi apadrinhado por Robert Solow, numa daquelas opiniões na contra-capa, parece-me pouco interessante. Mas achei curioso colocar aquela opinião a propósito do seu "post".