«Enquanto o seu fundador escocês, Adam Smith, analisou a sociedade dando especial atenção à natureza humana - e particularmente aos sentimentos morais - a Economia virou as costas (em parte para facilitar a utilização de modelos) aos seres humanos reais, e considerou um universo de 'agentes' abstractos, racionais, egoístas e maximizadores. O Homo Sapiens deu lugar ao Homo Economicus. Mas actualmente a Teoria da Decisão está a fazer uma inflexão cognitiva, através do que tem sido designado como 'Neuroeconomia'. Estes investigadores estão a demonstrar o que a teoria evolucionista conjecturou já há algum tempo: que o homem é em parte um animal moral; a sua racionalidade não é a da modelização abstracta; é constituída por um conjunto de heurístícas limitadas, ecologicamente especializadas e, por vezes, isoladas do resto da actividade cognitiva. Muitas heurísticas deste tipo, particularmente no domínio moral, tomam a forma de intuições 'difíceis-de-justificar' e 'impossíveis-de-ignorar'. Não procuram maximizar apenas a sua própria utilidade. À medida que os fundamentos neurais dos homens económicos reais são reveladas pela Economia experimental, em colaboração estreita com a Neurociência, a Antropologia também se junta a esta investigação para completar o quadro com assumpções universalmente válidas. Juntas, estas abordagens prometem reconciliar o Homem Económico com a sua contrapartida biológica e cultural.» in AlphaPsy |
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