Tiago Mendes - dos blogues aforismos & afins e Mão Invisível - que antecipou (e desejou) a entrega do Nobel a Thomas Schelling, tem no Diário Económico um bom artigo sobre aquele prémio: |
«[...] Implicações [da Teoria dos Jogos]? Duas. Por um lado, em qualquer situação de negociação onde haja alguma necessidade de consenso uma "boa" previsão tem que atender a factores históricos, culturais, e sociais – numa palavra, atender à "tradição". Por outro lado, a necessidade de coordenação ajuda a compreender a estabilidade de determinadas convenções sociais, como as regras de etiqueta, o sentido do trânsito, ou até a linguagem – onde todos esperam que todos tenham a expecativa que todos observem determinadas regras, sob pena de serem penalizados. No seu livro ‘The Strategy of Conflict’, o ex-professor de Harvard apresenta outros exemplos curiosos, como o da audiência que aplaude o pianista e que tem de "decidir", a determinado momento, entre "puxar" pelo ‘encore’ ou parar de bater palmas – o que geralmente acontece de forma súbita e coordenada, evidenciando o "entendimento comum" que as pessoas têm quando partilham certos hábitos e tradições. Tida como uma das mais influentes publicações do séc. XX, é uma obra que vale a pena conhecer.»
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