sábado, setembro 24, 2005

Publicações científicas

Artigo do Economist sobre The paperless library: «o livre acesso aos resultados científicos está a mudar as práticas de investigação»:

«(...) De acordo com um relatório de OCDE, cerca de 75 % das revistas académicas encontram-se já on-line. Novos modelos de negócios estão a emergir: três dos principais foram identificados pelos autores daquele relatório. Há o designado big deal, em que os subscritores institucionais pagam pelo acesso ao conteúdo das revistas. Existe a publicação com acesso livre, geralmente suportada pelo autor (ou pelo seu patrão) que paga para que o paper seja publicado. Finalmente, existem os arquivos de acesso livre, em que organizações tais como universidades ou laboratórios internacionais suportam os fundos documentais institucionais. Existem outros modelos que são híbridos destes três, tal como acesso livre retardado, em que durante os primeiros seis meses só os subscritores têm acesso, tornando-se depois o acesso livre.

«Tudo isto pode mudar o tradicional processo de revisão de artigos [ peer-review process, "revisão pelos pares" ], pelo menos para a sua publicação. O processo é organizado pelas revists mas conduzido, gratuitamente, pelos académicos. As vantagens oferecidas pela Internet traduzem-se em que os dados primários estão a ser disponibilizados gratuitamente on-line. Na realidade, com frequência o artigo on-line tem um link directo para eles. Isto significa que as descobertas são mais facilmente replicadas e verificadas por outras equipas de investigação. Além disso, a publicação on-line permite que outros comentem os trabalhos. A investigação está também a tornar-se mais colaborativa de tal forma que, mesmo antes de estarem terminados, os artigos já foram revistos por vários autores.»

O relatório referido, acabado de publicar pela OCDE, é o seguinte: "Digital broadband content: Scientific publishing" (pdf, 106 páginas, 698 Kb)

1 comentário:

Ampop disse...

É importante que se incentive o livre acesso ao conhecimento. A sociedade em geral tem muito a ganhar, mas principalmente a sociedade científica e académica.