terça-feira, setembro 27, 2005

Não há milagres


   Paola Subacchi

«(...) No caso da Irlanda, o facto de se ter integrado numa zona económica maior, teve certamente um impacto positivo no processo de convergência. Mas o facto de se ser membro da UE não é suficiente, por si só, para garantir a rápida diminuição das diferenças em termos de níveis de vida. As políticas económicas desempenham um papel igualmente importante na aceleração da convergência, estabilizando a economia, diminuindo os défices correntes e orçamentais e aumentando a produtividade. Como a produtividade total dos factores é substancialmente mais baixa nos novos membros da UE do que na velha União Europeia, um uso mais eficiente dos recursos já antes disponíveis, tem potencial para reduzir as diferenças de rendimentos.»

«O objectivo último será o de criar um ambiente favorável aos negócios e aumentar a confiança dos investidores, de modo a manter e aumentar os fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE). Em anos recentes o IDE tem sido uma força maior por detrás do crescimento dos novos membros da UE, à medida que os investidores estrangeiros aproveitam as ondas de privatizações. Contudo, tudo aponta para o declínio do IDE à medida que as ofertas públicas se extinguem e aumenta a concorrência vinda de regiões com salários mais baixos na Europa e na Ásia. Como a formação de capital interno não é suficiente para substituir o IDE, são necessárias políticas macroeconómicas para assegurar que o fluxo de IDE é mantido ou mesmo acrescido.»

Paola Subacchi
"What does a larger EU mean for the
European economy: Looking at 2005 and beyond
"

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