sábado, setembro 17, 2005

Grandes previsões

Grandes previsões as da Universidade Católica, divulgadas no suplemento Economia & Internacional do Expresso de hoje:
«O PIB crescerá em 2005 abaixo das últimas previsões oficiais.»
«A segunda metade do ano [2005] será marcada por um significativo abrandamento da actividade.»
No entanto, há uma informação interessante: o crescimento de 0,5 % do PIB (variação homóloga, no II trimestre de 2005) que tanto atarantou os analistas - e entusiamou Sócrates - ter-se-á ficado a dever à "antecipação do efeito do aumento do IVA" - um empolamento artifical e sem sustentação.

Igualmente pessimistas são as previsões do Banco de Portugal, incluídas nos seus "Indicadores de Conjuntura". O Banco atribui o referido crescimento de 0,5 % do PIB ao comportamento da procura externa líquida, "que teve um contributo menos negativo em resultado de um menor decréscimo das exportações", e de uma desaceleração das importações.

Este sofisticado "economês" - "contributo menos negativo", "menor decréscimo das exportações", faz lembrar a explicação que a Marinha deu para o facto de caixas com munições, afundadas propositadamente com um velho navio, terem dado à costa dias depois: o problema, segundo a Marinha, era que as caixas "não tinham flutuabilidade negativa".

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