terça-feira, junho 14, 2005


 Brightpink 

Um vinho português está a ser comercializado numa embalagem original: em garrafas de alumínio (ver imagem). Trata-se do  Brightpink , um vinho rosê feito a partir das castas Castelão e Trincadeira.

As vantagens em relação à garrafa de vidro parecem ser várias: desde logo a impossibilidade de se partirem. Em termos práticos, na nova embalagem o vinho pode ser gelado num quinto do tempo que seria necessário com o vidro e, além disso, pesam menos (apenas 66 %) e protegem da luz ultravioleta.

Poder-se-ão levantar dúvidas quanto à respiração do vinho (a garrafa é hermética) mas isso talvez não tenha muita importância para o rosê. Para já, e do ponto de vista do design, parece ser uma iniciativa interessante. O vinho encontra-se em fase de lançamento no Algarve e em Inglaterra.

Não se trata do primeiro vinho a ser vendido em embalagem de metal, pois isso já ocorrera com o californiano Sofia, das vinhas do Francis Coppola (ver embalagem; pack de 4 latas). Segundo esta brochura (pdf) sobre as embalagens de alumínio, as latinhas de 186 ml de "blanc de blanc" foram lançadas por Sofia Coppola em 2004, inicialmente tendo apenas como alvo uma clientela restrita, mas tem-se vendido bem na Europa.

Veja também a página oficial do Brightpink e a respectiva embalagem exterior (pack de 12 unidades; a timida referência a Portugal vem em letras pequeninas imediatamente acima da frase "Highly recyclabe Aluminium").

2 comentários:

Anónimo disse...

é pena que a tal referência a portugal não seja maior, as tais letrinhas! podia ter um nome português, por exemplo. afinal, os vinhos portugueses têm boa fama, têm fama de qualidade comparável à francesa. e têm ganho muitos prémios! ;)

existe um outro vinho português chamado palace qualquer coisa... era melhor que fosse palácio mesmo! ;)

não creio que esconder a nossa lingua ajude alguma coisa na promoção do vinho português. antes pelo contrário!

Anónimo disse...

Parabéns à audácia do produtor! Estilo jovem atractivo para conquistar novas quotas de mercado. É na diferença e originalidade que o nosso país tem de apostar. Apesar da pequena referência ao nosso pais os artigos na imprensa internacional referenciam-no como vinho Português. É um vinho a pensar na exportação e não mais um para saturar ainda mais o mercado Português.
Apesar da qualidade do vinho Português ser inquestionável perante os criticos internacionais, as vendas são muito fracas. Isto devido a uma imagem muito pobre, nomes de vinhos e castas que não são compreendidos pelo consumidor em geral e uma "burrocracia" demasiado pesada no sector vinicola que dificulta o trabalho de marketing das empresas. Este produto talvés venha mostar o caminho a seguir, embora com muito risco!