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«As suas teorias económicas estão simplesmente erradas. Eles ignoram a história, papagueando a crença ilusória de que a pobreza, fome e corrupção podem ser erradicadas com ajuda externa, perdão de dívidas e outra políticas que já falharam em África. Um dos pilares da sua actual campanha é o de eliminar os subsídios agrícolas dos países do Ocidente, um nobre objectivo que ajudaria a criar um ambiente de concorrência leal para os produtores de todo o mundo. No entanto esta postura está eivada de hipocrisia: ao mesmo tempo eles defendem os subsídios (que designam como "comércio justo") para os agricultores e outras actividades dos países pobres, para os proteger dos efeitos da concorrência. O líder da banda Coldplay, Chris Martin, tem defendido que o arroz, o tomate e a carne de frango do Gana sejam protegidos das importações baratas.
(...)
Porém, o problema real não reside no FMI, no Banco Mundial ou nas regras comerciais injustas. Teremos de ser nós próprios, africanos, e os nossos líderes, a promover o nosso próprio bem-estar, encorajando o crescimento económico através de reformas institucionais e políticas. A solução para tudo aquilo que nos aflige não está na ajuda, perdão da dívida ou "comércio justo". Está na adopção de instituições que ajudem a libertar o espírito empreendedor que existe em todos países Africanos, para desenvolver o comércio entre si e com o resto do mundo.» [O artigo completo encontra-se na edição on-line do Accra Daily Mail.]
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A realização do "Live 8" está também a levantar alguma polémica no seio dos roqueiros, como se pode ver por esta notícia do Correio da Manhã, referindo críticas do músico britânico Damon Albarn, líder dos Blur e dos Gorillaz, que se recusa a participar no megaconcerto por considerar a iniciativa demasiado “artificial” e “branca” (ou seja, com fraca representação demúsicos negros).
O jornal público de hoje noticia que "os países do G8 chegaram hoje a acordo sobre a anulação do total da dívida dos países pobres mais endividados do Mundo, o que vai conduzir "imediatamente" ao cancelamento de 40 mil milhões de dólares de dívida de 18 países,; numa segunda fase, outros nove países vão ser associados a esta iniciativa, através da anulação da dívida de 11 mil milhões de dólares, e um terceiro grupo de 11 países, com uma dívida total de quatro mil milhões de dólares, poderá ser igualmente englobado". (notícia aqui).
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