sábado, junho 25, 2005

Ralhete

Wim Duisenberg deu um remoque a Vitor Constâncio, por causa de ter calculado o défice para o governo (por duas vezes).
Embora sem se referir directamente ao governador do Banco de Portugal, Duisenberg lembra que recebeu um pedido semelhante da rainha Beatriz da Holanda, mas que recusou.

O que está em causa é a apregoada independência dos Bancos Centrais relativamente às políticas económicas. Na realidade foi por causa disso que recorreram a Constâncio, mas o certo é que essa independência - ou a imagem dela - pode ficar afectada, tanto mais no caso português em que não se tratou de apurar um défice real, mas sim uma previsão na base de determinados pressupostos.

Constâncio é que não deve estar nada preocupado com essa independência, pois até já deu concelhos conselhos públicos ao governo sobre como arrecadar receitas.

3 comentários:

Anónimo disse...

É óbvio que não está preocupado, porque o Eurosistema, como um todo, não vai ficar com a independência beliscada pelo que um governador do Banco Central de um dos seus mais pequenos países faz.
A perguntas é 1- O que acontece à credibilidade do nosso Banco Central face à dos outros 11?
e já agora... será legal o que Constâncio anda a fazer

Anónimo disse...

É preocupante que um membro do BCE faça relatórios com base em previsões de estimativa da despesa "exigida" e fornecida pelo novo governo. O que é um grave erro do Vitor Constâncio, pois põe em causa o seu próprio papel no BCE e será mais díficil defender Portugal numa futura "guerra" pela credibilidade do euro e do eurosistema.

Só um conselho ao bloguista. Concelho é diferente de conselho. É uma gralha fácimlente compreensível mas seria bom mudar. Que lhe parece?

Joao Augusto Aldeia disse...

Parece-me um bom conselho. Já emendei.