segunda-feira, março 28, 2005



Fui ver um bom filme francês neste fim-de-semana, o policial "36 Anti-Corrupção", com excelentes desempenhos de Daniel Auteuil e Gérard Depardieu. Entre os actores secundários destaca-se uma senhora idosa, dona de um bar, que leva uma valente tareia logo no início da fita; o rosto pareceu-me familiar, mas escondido muito lá no fundo obscuro da memória. O genérico do filme esclareceu o caso: é Mylène Demongeot, a bela "Hélène" que eu não via desde os anos 60, dos filmes do Fantômas.

Pela sua participação em "36 Anti-Corrupção", Demongeot foi nomeada para o César de melhor actriz secundária em 2005. Entretanto encontrei na net uma página com esta fotografia de Sylva Koscina, João Gilberto, Tom Jobim e Mylène Demongeot na praia de Copacabana, provavelmente do filme "Copacabana Palace", de 1962 (clique para ampliar).

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Mylène Demongeot é autora do livro "Tiroirs Secrets", que é assim apresentado pelo editor (Pocket):
«Após a sua participação no filme "As bruxas de Salem", em 1956, Mylène Demongeot torna-se numa star, tanto em França como no estrangeiro. Trabalhando com os maiores realizadores ela marca então, com a sua beleza despreocupada, filmes como "Bom-Dia Tristeza", "Faibles femmes", "Os três mosqueteiros" ou os "Fantômas", até ao encontro e 'coup de foudre' com Marc Simenon, o filho de Georges, em 1966. Muda então radicalmente de vida e torna-se realizadora, por amor. Vedeta emblemática dos anos 60, insolente e atrevida, ela encarna uma certa alegria de viver. Evocando com bastante humor as suas paixões e as suas filmagens, Mylène Demongeot fala do dia-a-dia da sua vida de actriz, dos seus colegas, dos seus entusiasmos de principiante e da vida acelerada de uma estrela da época, sem ocultar a sua parte de desilusões.»
Se viu o Fantômas talvez se recorde do tema 'Ma Chère Hélène':      

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