«A ideia do PSD, resumidamente, é que a utilização do Serviço Nacional de Saúde seja paga pelos mais endinheirados e gratuita para os mais pobres. Para isso, quer criar um cartão que cataloga os utentes em quatro escalões de rendimento. No topo, os mais ricos (54 000 euros/ano), de quem se exige 14 euros por cada acesso às urgências e 200 euros por internamento (até agora, pagavam como os outros: cerca de sete euros por urgência). Na base, agrupam-se os mais pobres (menos de 6 500 euros/ano), a quem não se cobra um único euro pela utilização do SNS. E aqui residem as dificuldades. (...) Primeiro: o problema do SNS é a utilização abusiva que dele se faz. (...) Segundo: as taxas moderadoras foram criadas justamente para moderar o acesso (...) Terceiro: a saúde não deve nem pode ser taxada nos momentos de crise (...) Quarto: o SNS é um sistema obsoleto que tem tudo a ganhar com revoluções de sentido liberal. (...)»
Martim Avillez Figueiredo - Diário Económico
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