O Diário de Notícias organizou um pequeno dossiê sobre a "crise" e a "depressão" nacional: o grande tema dos últimos tempos. Mas um grande pequeno texto de Eduardo Lourenço desmonta o "álibi":
«Houve momentos em que a litania da "depressão" nacional se pôde justificar. O nosso atraso era visível a olho nu. Assim éramos ou estávamos apenas há meio século. Esse atraso não foi inteiramebnte recuperado, como o imaginamos, naquilo que interessa ao futuro duma nação moderna europeia, mas sabemos agora melhor medir esse atraso e como proceder para o atenuar. Não é um esquizofrénico recurso ao álibi da "depressão" que nos curará dele.»Ou seja:
«Se queremos estar sempre a escrever Os Lusíadas, para ter a sensação de imitar os homens dessa época, e nem sequer o ler, devemos pagar o preço: confrontarmo-nos com os desafios da realidade, tentando estar à sua altura.»
Sem comentários:
Enviar um comentário