sexta-feira, janeiro 14, 2005

Guerrilha eleitoral


A campanha eleitoral está a manifestar-se através de uma curiosa guerrilha, com acções de flagelação pontuais e combates taco a taco. Cada um dos contendores vai lançando propostas avulsas - morteiradas de pontaria duvidosa - ficando depois a aguardar a resposta do adversário, para de novo contra-atacar. Mas tem sido o PS quem tem disparado com mais frequência, reservando-se o PSD para o contra-ataque:
Morteiradas do PS: regresso da co-incineração; criação de 150 mil novos empregos; fim das SAs hospitalares; complemento financeiro para os pensionistas mais pobres;

Morteiradas do PSD: choque fiscal;
Nesta guerrilha o PS encontra-se mais exposto, dada a maior probabilidade de vir a ganhar as eleições, e por isso as suas promessas terão de ser mais cuidadosas. Para o PSD torna-se mais útil a via do contra-ataque, pois é-lhe difícil vir agora fazer promessas. Exemplo: o PSD desafiou o PS a definir-se quanto às medidas fiscais incluídas no orçamento; a resposta seria sempre difícil: anular as medidas poderia ser entendido como o regresso ao despesismo guterrista, mas mantê-las seria dar razão ao PSD; Sócrates escolheu esta última via e encontra-se agora debaixo de fogo.

2 comentários:

Nelson Reprezas disse...

Não sou economista, mas parece-me um raciocínio elementar!
Obrigado pelo link, que só agora nele reparei.

Anónimo disse...

Se todos os partidos aquando das suas propostas dissessem quais as implicações que isso teria no orçamento, certamente que seriam mais cautelosos...Assim é fácil.Dê uma olhadela ao blog que abri recentemente e onde menciono isso precisamente..http://dmnt.blogs.sapo.pt/