segunda-feira, janeiro 03, 2005

Filosofia


O Ao Mirante, Nelson aventurou-se a traduzir "The Philosophers' Drinking Song", de Eric Idle/Monty Python. Pois aqui vai a minha [2ª] versão:
Emmanuel Kant era um bêbado e tanto
incapaz de manter o rumo.
Heidegger então preferia o garrafão
e destilava, destilava, para auto-consumo.
As bebedeiras de Hume provocavam o ciúme
de Schopenhauer e de Schlegel,
Wittgenstein, coitadinho, era uma esponja de vinho
tão encharcada como o próprio Hegel.

Nietzsche beberrão, caneca na mão, desvendava o instinto
e Sócrates, então, só bebia do tinto.

Thomas Hobbes ficava vítreo com o livre arbítrio
de Stuart Mill a beber zurrapa.
E Platão da caverna fazia uma taberna,
onde as sombras curavam a ressaca.
Aristóteles do barril bebia por um funil
e o pifão de Espinosa, só visto!
Já Descartes duvidava de tudo o que encontrava
e pensava: "bebo, logo, existo!"

Ai, Sócrates, Sócrates, a falta que nos fazes,
de copo na mão, corrompendo os rapazes!...



Com tal métrica só mesmo o Jorge Palma é que a poderia cantar...; letra original e acordes aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Melhor que a encomenda, J. A.
Excelente sua versão. Grande abraço.

Nelson
(Ao Mirante, Nelson!)