sexta-feira, dezembro 31, 2004

Se não é, parece.


Glória Rebelo, no Público, escreve sobre a eliminação de barreiras alfandegárias decidida pela UE e alerta para a subsequente ameaça da China e também da Índia, a certos sectores industriais portugueses. O tom é marcadamente proteccionista:
«Para a indústria portuguesa - com uma larga tradição de produção têxtil que tem vindo a sofrer enormes perdas de competitividade e mercado - a eliminação destas barreiras anunciada pela CE é, talvez, uma ameaça fatal a um sector que emprega mais de 150 mil pessoas e representa cerca de 16 por cento das exportações nacionais.»
Glória Rebelo afirma que:
«Não se trata de um "reacender do nacionalismo económico", mas sim de garantir que alguns sectores da produção industrial ou agrícola mantenham a sua competitividade económica, preservando, simultaneamente, no seu território o mercado de trabalho.»
Bem, se não se trata de nacionalismo económico, pelo menos parece.

Entretanto a «Agência Lusa noticia que o coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco defendeu hoje a necessidade de "medidas firmes de protecção do sector têxtil e do vestuário, face à liberalização do comércio mundial" a 1 de Janeiro.»

Ai é só para 1 de Janeiro? Então ainda vamos muito a tempo!...

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