Numa entrevista ao Público, Álvaro Barreto revela ter feito uma proposta à ENI para adiamento da opção de controlo da Galp Energia, a partir de Fevereiro (ver abaixo O negócio do gás). O diálogo com a entrevistadora (Lurdes Ferreira) revela alguma insegurança, mal disfarçada na linguagem "politicamente correcta":
P - Que "conversa construtiva" teve com o presidente executivo da ENI, Vittorio Mincato, na quinta-feira passada?
R - Construtiva. (...) Estamos a conversar com a ENI e com outras entidades envolvidas no processo um adiamento para datas que permitam ao novo Governo fazer um projecto de rearranjo que considerar o melhor para o país. Entendemos que deveríamos deixar tudo aberto para o Governo que vier.
P - A ENI aceitou o adiamento da opção de compra ?
R - Não lhe sei dizer. Conversámos sobre isso. Fizemos-lhes uma proposta escrita e eles ficaram de estudar o assunto e voltar a falar connosco.
P - E o adiamento proposto é até quando?
R - Se queremos que o novo Governo pense com calma na melhor solução, com certeza que é para um período para além de Junho.
P - Pode ir até ao fim do ano?
R - Aproximadamente isso. Isto permite ao novo Governo fazer o rearranjo que entender que deve fazer.
P - Portanto, não deixa soluções ?
R -Tinhamos três soluções alternativas. (...)
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