Numa entrevista a Paula Rego a jornalista Ana Sousa Dias, num estilo entre o perguntar e o insinuar cúmplice, opinou que lhe devia custar muito separar-se das obras, ao que a pintora retorquiu: não; vender é uma maravilha.
Pois é, mas a intelectualidade continua a achar, romanticamente, que a arte é celestial e o comércio é vil. O que sentirá esta gente quando recebe o ordenado: vergonha?
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