Excelente artigo de Eduardo Lourenço, no Público, sobre as relações entre a Europa e a América:
"Não estou certo que o ataque a Bagdad não tenha sido um ataque indirecto ao coração da Europa. As nações que ainda "são" Europa e conservam alguma lembrança dos seus fastos, assim o pensaram. De qualquer modo, o resultado foi esse mesmo.
(...)
...tendo-se preparado para isso durante duzentos anos, uma jovem nação saída da Europa e sua freudiana filha, ocupará os lugares deixados vagos pela impotência da mãe, não menos imperialista do que ela, ilustrando a sua vontade do poderio passeando-se pela terra inteira, ou mais além, pelas estrelas. É aqui que todos somos americanos, mas devíamos estar atentos, pois enquanto nos oferecem as estrelas nas míticas noites de Natal dos seus filmes, devastam também a nossa comum e única terra. Que é onde todos estamos. Eles e nós."
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