quarta-feira, março 25, 2009

     «Em anos recentes os consumidores foram-se habituando a beneficiar de "borlas" online, dos mais variados tipos: notícias, música, e-mail e até acesso rápido à internet. Actualmente, contudo, as dotcoms não estão a ser notícia por causa de novas "borlas", mas por despedimentos e anúncios de que passarão a cobrar pelos seus serviços.
     »Estas palavras apareceram no The Economist de Abril de 2001 mas aplicam-se à actualidade. Durante a explosão das dotcoms espalhou-se a ideia de que, afinal, poderia haver almoços grátis, ou, pelo menos, serviços da Internet gratuitos. Foram então surgindo empresas que ofereciam conteúdos e serviços em linha, na esperança de que poderiam, eventualmente, "monetarizar" os milhões de visitas com promoção publicitária. Mas as coisas não seguiram esse caminho e o resultado foi o crash das dotcoms. As empresas tentaram então outros modelos de negócio, tal como o de cobrar pelos acessos, mas poucas tiveram sucesso nessa via.
     «Voltou então tudo ao princípio a partir de 2004, com a entrada do Google na bolsa, empolando uma nova bolha "Web 2.0". A capacidade do Google em colocar pequenos textos publicitários junto dos resultados das buscas na Internet, bem como em outros sites, significava que muitos dos modelos de negócio que tinha sucumbido à crise dotcom, afinal podiam regressar das tumbas — parecia que se podia ganhar mesmo dinheiro com publicitade na net desde que se lidasse convenientemente com o problema, fazendo o outsource para o Google. A razão pela qual não tinha funcionado inicialmente, concluiu-se, tinha sido a insuficiência das ligações em banda larga. A busca recomeçou e emergiu uma então série de novas empresas: MySpace, YouTube, Facebook e agora o Twitter. Cada um delas fornecia serviços gratuitos para atrair largas audiências que poderiam, a dada altura — indefinidada no tempo — atrair grandes montantes de retorno publicitário. A verdade é que tinha funcionado com o Google. Os almoços grátis estavam de volta.
     «Mas agora a fria realidade volta a atacar. O número de empresas que pode ser sustentada com rendimentos provenientes de publicidade na Internet parece ser muito menor do que se pensava e tudo indica que Silicon Valley está a entrar de novo num "inverno nuclear". (...)

Artigo no The Economist →

3 comentários:

Taciana disse...

Bom dia, vi seu Blog e achei bem interessante.

Hoje, entrou no ar o Portal Alternativa Brasil que vem à cena como espaço de intervenção no debate econômico e político atual. Vem para agregar notícia e opinião, na mesma velocidade da crise.

Todos os envolvidos nesse projeto têm como entendimento que as oportunidades e perigos da situação atual estão a requerer um olhar diferente sobre a economia e a política.

Confira e dê sua opinião!
http://portal.alternativabrasil.org/

Anónimo disse...

Bom dia.

Tem um blog muito interessante sobre economia e política que considero muito bom.

O link é lucasbrancati.blogspot.com

Quase economista disse...

É muito bom ver o conteúdo de economia se espalhar em blogs como esse, economia é um assunto que, como política, o brasileiro "torce o bico" e iniciativas como esta podem ajudar a mudar esta realidade. Aproveitando a oportunidade, visitem meu blog de economia e negócios que foi acabado de ser criado!!