tag:blogger.com,1999:blog-7548547.post110588357500521730..comments2023-11-02T04:41:38.490-07:00Comments on Pura Economia: Portugal e IrlandaJoao Augusto Aldeiahttp://www.blogger.com/profile/01123468247310036922noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7548547.post-1105953616489177402005-01-17T01:20:00.000-08:002005-01-17T01:20:00.000-08:00De acordo, excepto quanto ao Brasil. Eu sei que nã...De acordo, excepto quanto ao Brasil. Eu sei que não se podem tirar conclusões fiáveis de raciocínios tão simplistas, mas o certo é que, de todos os territórios colonizados por europeus, são as ex-colónias portuguesas as que se encontram pior colocadas no índice do desenvolvimento humano, com excepção do Brasil - talvez por ter sido a colónia que mais cedo se libertou.<br /><br />Por outro lado, a ida da corte portuguesa para o Brasil dificilmente se pode atribuir a um acto de vontade própria nacional, muito embora a ideia de fazer deslocar para o Brasil a capital do império português tenha sido defendida, ainda antes das invasões francesas, com intuitos desenvolvimentistas.Joao Augusto Aldeiahttps://www.blogger.com/profile/01123468247310036922noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7548547.post-1105920514677760252005-01-16T16:08:00.000-08:002005-01-16T16:08:00.000-08:00Note que a Inglaterra também colocou toda a espéci...Note que a Inglaterra também colocou toda a espécie de entraves ao desenvolvimento das suas colónias na América do Norte. Foi por isso, aliás, que elas decidiram a dada altura tornar-se independentes. Nós fizemos tanto pelo Brasil que, a dada altura, até mudámos a capital para o Rio de Janeiro e, se isso dependesse só da vontade de D. João VI, lá teria ficado para sempre. De modo que, embora entenda o seu raciocínio, creio que não é aí que deveremos buscar as causas da disparidade de desenvolvimento entre os EUA e o Brasil.<br /><br />Já agora, em relação à Irlanda, está muito longe de ser verdade que a base de partida dos dois países fosse semelhante. Para já, a Irlanda vive em democracia há quase cem anos, e nós apenas há trinta. Depois, os nossos níveis de escolaridade sempre foram (e, claro, continuam a ser) muito inferiores aos da Irlanda. Já se sabe que, quando pensamos nos factores estruturais determinantes do crescimento, essas coisas fazem toda a diferença.<br /><br />O artigo do VPV é, como usualmente nos seus artigos, em parte verdade, em parte ignorante. A parte verdadeira é que nós, como povo, passamos o tempo a correr atrás da ilusão da moda, que hoje se chama imitar a Irlanda. A parte ignorante consiste em estabelecer um paralelo entre o Portugal do século XIX (assunto de que ele de facto entende) e o Portugal actual (que ele sistemática e erradamente continua a taxar de «miserável»), que, de facto, se encontra no mais elevado patamar de desenvolvimento relativo de toda a sua história, coisa que VPV evidentemente desconhece.<br /><br />Se não estou em erro, numa perspectiva longa - digamos, nos cinquenta últimos anos - Portugal cresceu realmente mais depressa do que a Irlanda.<br /><br />Por último, a questão da dimensão. A Irlanda, com os seus cerca de 3 milhões de habitantes, não tem a dimensão de Portugal, mas a da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Note-se de passagem que, separando essa região do resto do país, encontramos um milagre económico semelhante ao irlândes...João Pinto e Castrohttps://www.blogger.com/profile/03140629356680919506noreply@blogger.com